Lilypie 4th Birthday Ticker //--> O bloguinho da Laura: outubro 2007

O bloguinho da Laura

Diário de uma mãe plebeia, que sempre que tem um sobejo de tempo, utiliza para registar os feitos e feitios da sua mais que tudo, a sua Princesinha Laura. Diário de uma mãe apaixonada, que cuida perpetuar o amor pela venerada, esculpindo declarações de bem-querer nestes murais dos tempos modernos. Confissões e divagações de uma mãe de primeiríssima viagem, deleitada espectadora do desenvolvimento da bem amada. A Laura nasceu em 12/10/2005 às 20.45 horas com 50,5 cm e 3,350 kg.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Andamos na fase do:

-que gilo (que giro)
-fixeee (roupa nova)
-muito bem (quando faço ou dou o que me pede)
-fa favoi (faz favor)
-tan lindo
-tan Benito
-senta aqui já (aplica-se aos pais e aos bonecos)
-come tudo já (aplica-se aos bonecos)
Etc…etc…


É verdade que em bebé ela era muito fofinha, muito sossegadinha, muito inha, muito tudo. Mas de facto cada etapa que se precede tem uma graça inexplicável e por mais que tente não rir é impossível. Nesta idade até as travessuras têm graça!


Hoje até me confidenciou que gosta mais que seja a tia T. a ir buscála ao infantário.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Pode uma semana de trabalho infernal ser totalmente anulada da córtex central só porque é sábado?
SIM!
Mas é fácil fazer com que isso aconteça?
NÃO!
Uma manha em casa com a princesa pode ajudar?
PODE!
E se ela acordar rabujenta?
NÃO!
E então um belo dia de passeio e compras?
SIM!
E posso voltar a repetir amanhã?
SIM, MAS SÓ SE ESTIVER PREVISTO GANHAR O EUROMILHÕES!
E segunda-feira, posso ficar em casa?
SIM!
Mas é dia de trabalho. Posso telefnar a dizer que estou doente...
PODE!
Mas isso não é imoral?
É!
Mas posso fazê-lo?
PODE!

quinta-feira, outubro 18, 2007

a maternidade

É uma espécie de aperto nas entranhas. Basta olhar. Ou um cheiro.

E depois é uma vontade incontrolável de lhe dar beijos e abraços e dentadas, e esfregar a cara na pele e nos cabelos, enchê-la de beijos, aperta-la, dar beijinhos, apertar, apertar, cheirar, não há paixão, nem outro amor que faça isto, este aperto, esta vontade, esta coisa incontrolável, voraz, este amor de mãe que é também fisico.

Gostar-lhe dos bocadinhos todos.

Isto quando não faz birras, claro.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Infelizmente eu tambem sou um bocadito assim...

Somos assim...

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país.Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais o que o euro.Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é muito chato ter que ler) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser compradas, sem se fazer qualquer exame.Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar.Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta. Como matéria-prima de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa.Esses defeitos, essa CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA congénita , essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS.Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E nãopoderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa outra coisa não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados.... igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim,exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO

Querido, traumatizei a criança…

Esta manhã, acorda e diz…a mamã pota bem…E LOGO EM SEGUIDA…a mamã pota mal, a mamã pota mal!

Não sei se porque em seguida a levo para a escolinha ou se é porque quando em quando a repreendo com um “A LAURA PORTA-SE MAL!”

....

(mas é só mesmo porque e quando ela se porta mal)
não é bem, mal, é ...menos bem
Lutamos… neste fim de férias…
Eu contra a vontade de ficar em casa nos nossos miminhos e ela contra uma infecção nos brônquios.
A avó ofereceu a maravilhosa e caríssima new Project da chicco e vamos ver se com os aerossóis, combatemos esta bicheza que teima em perseguir a minha filhota.
O regresso é como sempre com um nó no estômago (meu) e muitas lágrimas (dela) porque nã que i pa colinha, que i pa caxa da bó…
A consulta dos dois anos deixou-me mais tranquila porque o peso da princesa está óptimo (já não ouvia isto à quase um ano e meio.
E agora vou trabalhar que é para isso que me pagam…

sexta-feira, outubro 12, 2007

Parabens meu amor

12.10.07
dois anos


Daqui a umas horas (há dois anos) estou deitada numa sala a olhar para um aparelho que conta as batidas do teu coração. E esse momento é tão breve mas o mais importante da vida até ali e nunca mais me esqueço. Estou ali depois, deitada nessa sala a ver o teu coração a bater em formato digital, lentamente e nessa altura ainda não sei nada: penso que posso morrer feliz e descansada que está tudo bem. Só dias mais tarde se cristaliza a certeza que não é assim, que não se pode morrer feliz e descansada quando há no mundo alguém que nunca será amado daquela forma, não enquanto precisares de mim.

Há dois anos resolveu-se em mim eu mesma. O que era antes, nem sei, eu também, provavelmente, mas isto que me transformei, isto que sou, isto é o melhor de mim, o meu lado completo e feliz, às vezes, tão absolutamente feliz que quase se duvida que se mereça uma felicidade assim. Impossível colocar em palavras o que é ser mãe e eu que vou tentando há dois anos, mas não sei onde começa ou onde acaba ou por onde passa. Registo os bocadinhos pequenos, aqueles que me iria esquecer e talvez um dia mais tarde perceba - ou percebo já, de forma ainda tosca e incipiente - que tudo aquilo é a imagem do que se sente, todos os bocadinhos, os bons e os menos bons e aqueles em que apetece ir comprar cigarros e voltar daqui a vinte anos e os outros, aqueles em que fugimos para soltar umas lágrimas que teimam em cair e que são tão complicadas de explicar "também se chora quando estamos felizes, filha".

Há dois anos que, às vezes, nem sei de que terra sou. Às vezes (muitas, às vezes demais) passo-me e berro e tenho fúrias e depois vejo o espelho nas fúrias dela e envergonho-me. Às vezes rebento de orgulho, outras de tristeza, outras ainda de preocupação e sempre de angústia, essa que vive ao lado do amor. Às vezes duvido que consiga fazer dela uma mulherzinha de bem no meio de um mundo tão cão. Outras reconheço-lhe uma força brutal e penso que talvez, talvez não esteja totalmente no caminho errado. Às vezes vejo-a a crescer tão depressa e surpreendo-me e depois o espanto também, quando é ainda uma criança pequenina afinal. Trocam-nos as voltas todas, eles, baralham e tornam a dar e, não sei lá como é, trazem com eles todos os trunfos e o ás de espadas e nós só podemos manter-nos à tona dessa coisa enorme que é a maternidade sem ter pé.

Há dois anos, quando me a deram para o meu lado e eu fiquei a olhar para aquele milagre sem saber ainda nada do resto, apenas deslumbramento sem medo, transformei-me em mãe. Tenho tentado ser sempre mãe, pois para mim nada se divide e não se é menos mulher por se ser mãe, antes pelo contrário e não sinto que tenha perdido o que quer que seja mas sempre ganho, seja em desespero ou absoluta maravilha. Posso agora, ao fim de dois anos, fazer o balanço que se calhar nunca me atrevi, talvez por receio de parecer arrogante. Mas tenho a absoluta certeza que a minha opção de prioridade total é a certa. É possível que seja um daqueles caminhos menos simples, com mais pedras, algumas até das que não saem dos sapatos; mas é a minha opção e sinto-a certa. Para mim e para ela, essa mulher da minha vida, ainda pequena, que dorme à espera de acordar mais crescida, mais alta, maior, enfim, cheia de pressa de ser grande. E eu, mãe dela, babando (como é evidente) à espera que acorde para lhe dizer, num abraço imenso

parabéns, meu amor.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Com a minha princesa quase, quase a passar a reta dos dois aninhos e a curar uma infecção na traqueia, gozamos uma merecida semana de férias que sabe a muito pouco.
Mas, para quem gozava quinze dias de férias por ano, não me posso queixar pois este ano já tivemos um mês e uma semana juntas e felizes a fazer niente.

Por aqui dão-se muitos beijos e milhões de abraços apertados, ora uma ora outra, vivemos assim nestas demonstrações de afectos e de carinho imensurável.

As gracinhas são indescritíveis, a ultima foi a do “caraças”, eu num momento de desabafo digo caraças pá e ela remata “caraças é uma agneinha pequenina” – e toma lá, eu fico assim, meio parva a olhar para ela e penso para mim que tenho de começar a ter tento na língua.

Para a semana começa as aulas de ginástica e musica e só me ocorre que ela está tão grande e vejo a minha bebé a crescer tão depressa que me dá um nó no estômago.

Dois anos…parece que foi ontem…

segunda-feira, outubro 01, 2007

Das dezenas de pedaços que me faltam, uma boa parte é-me arrancada por estes dias, sempre que a deixo a chorar.