Dor
A tua febre dói-me muito mais do que qualquer dor de cabeça minha. E aquilo que sinto quando vejo o teu corpo pequenino a sofrer ultrapassa as dores que senti para te trazer cá para fora. Choraria rios de lágrimas para evitar uma só das tuas.
Abraço-te com muita força e peço-te desculpa perante a evidência do fracasso nesta minha missão de querer proteger-te de tudo o que te faça sofrer.
Ficas quietinha e no silêncio que às vezes desejo e agora não quero. Pago a consulta, os exames e os medicamentos enquanto penso para mim que, se soubesse que amar assim alguém custava tanto, nunca tinha sido mãe.
Agarro na tua mão pequenina e lembro-me do existencialismo antes de ti e da força que me deste para procurar o resto de mim e do medo que tenho de não conseguir ser tudo.
Abraço-te com muita força e peço-te desculpa perante a evidência do fracasso nesta minha missão de querer proteger-te de tudo o que te faça sofrer.
Ficas quietinha e no silêncio que às vezes desejo e agora não quero. Pago a consulta, os exames e os medicamentos enquanto penso para mim que, se soubesse que amar assim alguém custava tanto, nunca tinha sido mãe.
Agarro na tua mão pequenina e lembro-me do existencialismo antes de ti e da força que me deste para procurar o resto de mim e do medo que tenho de não conseguir ser tudo.