quarta-feira, maio 30, 2007
Há alturas em que durmo e acordo com um pensamento fixo: chutar tudo para o alto. Deixar de fazer tudo certinho, ignorar as datas, os prazos, a agenda.Há alturas em que me canso de ser eficiente, correcta, ética, responsável.Mas este querer largar tudo, longe de ser libertador, é angustiante. Porque não sei se vou conseguir chutar nada para o alto. E tão pouco sei que se chutar, serei feliz.
arrastado gosto este de trazer quilos e quilos de letras de chumbo agarrados aos dedos, daquelas que formam palavras incompreensíveis e que por isso mesmo trazem agarradas a si mais palavras que não se compreendem. tenho de lamber os dedos e regurgitar estas coisas. deixar um rasto lustroso no ecrã.
Ontem foi um dia triste.
Descobri que trabalho com dois vermes que se alimentam de podres e desgraças alheias.
Um por quem até tinha alguma consideração, pois apesar de lhe reconhecer inúmeros e imundos defeitos, era conhecido e estimado por familiares.
A outra porque chegou aqui, tal tábua rasa, burra que nem uma porta, a quem dediquei horas de paciência infinita para a ensinar a fazer algumas, poucas, tarefas básicas que para ela são bichos-de-sete-cabeças.
Descobri que sou apelidada por estes vermes de “Madre Teresa de Calcutá” que para mim até acho que seja um elogio.
Pois ajudo-os, ajudo-os e ajudo-os e eles “fodem-me” (lamento, mas é mesmo assim) pelas costas.
Envenenam o meu Chefe contra mim, enfim armaram um circo em que eu fui/sou o palhaço.
Estou nesta empresa à 7 anos. Cheguei aqui, não havia a mínima noção de Marketing nestes abutres.
Este departamento não passava de uma xinfralheira onde o pintas do meu colega ilustre verme cagava algumas sentenças miupes, aliás como ele próprio.
Ela, recém chegada ao departamento e recebida por mim de braços abertos, tinhosa e invejosa não se conforma com as suas limitações e burrice crónica.
Para minha tristeza e desconsolo de alguns bons colegas encontro-me a partir de hoje, oficialmente a procurar novo trabalho. Para poder deixar estes tinhosos a comer os podres um do outro. E que barrigada se prevê…
Bom apetite
Quanto a mim, sinto-me infeliz porque adoro o meu trabalho, Adoro o que faço. Adoro os meus bons colegas, fornecedores enfim…Mas tem de ser, não consigo trabalhar com tantas náuseas e é a única maneira de me desinfestar destes vermes nojentos.
Descobri que trabalho com dois vermes que se alimentam de podres e desgraças alheias.
Um por quem até tinha alguma consideração, pois apesar de lhe reconhecer inúmeros e imundos defeitos, era conhecido e estimado por familiares.
A outra porque chegou aqui, tal tábua rasa, burra que nem uma porta, a quem dediquei horas de paciência infinita para a ensinar a fazer algumas, poucas, tarefas básicas que para ela são bichos-de-sete-cabeças.
Descobri que sou apelidada por estes vermes de “Madre Teresa de Calcutá” que para mim até acho que seja um elogio.
Pois ajudo-os, ajudo-os e ajudo-os e eles “fodem-me” (lamento, mas é mesmo assim) pelas costas.
Envenenam o meu Chefe contra mim, enfim armaram um circo em que eu fui/sou o palhaço.
Estou nesta empresa à 7 anos. Cheguei aqui, não havia a mínima noção de Marketing nestes abutres.
Este departamento não passava de uma xinfralheira onde o pintas do meu colega ilustre verme cagava algumas sentenças miupes, aliás como ele próprio.
Ela, recém chegada ao departamento e recebida por mim de braços abertos, tinhosa e invejosa não se conforma com as suas limitações e burrice crónica.
Para minha tristeza e desconsolo de alguns bons colegas encontro-me a partir de hoje, oficialmente a procurar novo trabalho. Para poder deixar estes tinhosos a comer os podres um do outro. E que barrigada se prevê…
Bom apetite
Quanto a mim, sinto-me infeliz porque adoro o meu trabalho, Adoro o que faço. Adoro os meus bons colegas, fornecedores enfim…Mas tem de ser, não consigo trabalhar com tantas náuseas e é a única maneira de me desinfestar destes vermes nojentos.
quinta-feira, maio 24, 2007
CUMPRIMENTOS
há-os bons e maus, como se deduz daquela fórmula final das cartas aos ilustres desconhecidos: Com os melhores cumprimentos...
De cada vez que escrevo isso, penso em acrescentar "e já agora aceite também alguns dos piores, para repartirmos o mal pelas aldeias".
De cada vez que escrevo isso, penso em acrescentar "e já agora aceite também alguns dos piores, para repartirmos o mal pelas aldeias".
segunda-feira, maio 21, 2007
Laura...
....Gosto do teu nome....
....gosto principalmente do modo como o pronuncias....
...Lhalhaa....eti é mamã da Lhalhaaa, eti é papá da Lhalhaaaa e Etí é Lhalhaaa...
ou...Ito é da Lhalhaaa...com ar muito sério
ou de manha....olhá papá, olhá mamã, olhá Lhalhaaa.-..lol
....gosto principalmente do modo como o pronuncias....
...Lhalhaa....eti é mamã da Lhalhaaa, eti é papá da Lhalhaaaa e Etí é Lhalhaaa...
ou...Ito é da Lhalhaaa...com ar muito sério
ou de manha....olhá papá, olhá mamã, olhá Lhalhaaa.-..lol
terça-feira, maio 15, 2007
DA VELHICE...
...dou por mim a desejar que me abracem e me façam festas no cabelo. Como se sentir o toque de outra pessoa me livrasse de todas as sombras e me tirasse o peso dos olhos quando acordo pela manhã.
"Dos medos
Antes de ti, irritava-me muito aquela coisa do tu-quando-fores-mãe-hás-de-perceber. Como se ter um filho fosse assim uma espécie de ritual esotérico, que nos iniciasse no conhecimento do oculto e do indizível. Não é. Mas o que é certo é que há coisas que só agora compreendo.
A que mais me assombra é o medo. Os medos. Medo de te perder e de te faltar. Medo de te proteger em demasia ou de te dar liberdade em excesso. Medo de te formatar ao querer formar-te, medo de não te abrir portas para o mundo. Medo de não te conhecer, no fundo, medo de que não me conheças. Medo de não ser capaz de fazer de ti uma boa pessoa e uma pessoa feliz.
Não tenho medo de não te proteger o suficiente. Tenho medo de que te aconteça alguma coisa por motivos que não posso controlar. Tenho medo das doenças, da morte e, às vezes, do mundo. Mas sei que tenho de aceitá-los e viver com eles."
Antes de ti, irritava-me muito aquela coisa do tu-quando-fores-mãe-hás-de-perceber. Como se ter um filho fosse assim uma espécie de ritual esotérico, que nos iniciasse no conhecimento do oculto e do indizível. Não é. Mas o que é certo é que há coisas que só agora compreendo.
A que mais me assombra é o medo. Os medos. Medo de te perder e de te faltar. Medo de te proteger em demasia ou de te dar liberdade em excesso. Medo de te formatar ao querer formar-te, medo de não te abrir portas para o mundo. Medo de não te conhecer, no fundo, medo de que não me conheças. Medo de não ser capaz de fazer de ti uma boa pessoa e uma pessoa feliz.
Não tenho medo de não te proteger o suficiente. Tenho medo de que te aconteça alguma coisa por motivos que não posso controlar. Tenho medo das doenças, da morte e, às vezes, do mundo. Mas sei que tenho de aceitá-los e viver com eles."